Na coluna Desvendando os ETFs desse mês, Renato Eid fala sobre as expectativas para a Selic – e sobre os ETFs de Renda Fixa nesse contexto.
Olá.
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, com expectativa de um terceiro aumento consecutivo de 100 pontos-base, elevando-a para 14,25% ao ano, o maior nível em mais de oito anos. Confira o histórico recente no gráfico abaixo.
A decisão ocorre em um cenário de aumento da incerteza global, com temores renovados de recessão nos EUA, enquanto os primeiros sinais dos impactos da política monetária podem começar a serem sentidos na economia brasileira.
E por que isso importa para seus investimentos?
O atual ciclo de alta dos juros teve início no segundo semestre de 2024, quando a Selic estava em 10,50% a.a., após um período de cortes que a levou de 13,75% a.a.. Naquele momento, o mercado chegou a projetar uma taxa terminal entre 8% e 9,50% a.a., mas a reversão do cenário global e mudanças nas projeções econômicas alteraram completamente as expectativas.
O gráfico abaixo ilustra essa transformação na precificação da curva de juros: há um ano, a projeção era de uma queda contínua da Selic, seguida por uma leve alta. No entanto, o que se concretizou foi uma reversão abrupta, levando o mercado a precificar uma Selic terminal acima de 15% a.a..
Essa mudança nas expectativas tem reflexos diretos nos investimentos em Renda Fixa, abrindo oportunidades para estratégias que se beneficiam da oscilação das taxas de juros. À medida que as projeções para a Selic se ajustam, os ativos ligados às taxas de juros podem oferecer prêmios atrativos para quem busca retornos potencialmente superiores no médio e longo prazo.
Como essa mudança pode beneficiar seus investimentos?
Nesse contexto, os ETFs de Renda Fixa surgem como uma solução eficiente para investidores que desejam se expor a diferentes estratégias sem precisar comprar títulos individuais. Esses veículos permitem ajustes táticos no portfólio conforme as mudanças na política monetária, além de terem vantagens como:
- 15% de imposto de renda já no início do seu investimento, não precisando esperar 2 anos para chegar nessa alíquota;
- Reinvestimento dos cupons sem a incidência de IR;
- Ausência do imposto come-cotas que os fundos tradicionais possuem;
- Liquidez diária, diversificação e baixo custo.
Por exemplo: o ETF composto por títulos prefixados do Tesouro, IDKA11, acumula rentabilidade de 5,30% em 2025 (até 11/03/25), reflexo já de estimativas de redução da taxa em 2026, fazendo com que seja potencialmente interessante esse ponto de entrada. Por outro lado, o ETF IMAB11, composto por títulos IPCA+ do Tesouro, acumula alta de 2,90% no ano (também até dia 11), sendo uma alternativa interessante caso esse cenário seja confirmado, uma vez que é esperado que ele ofereça maior retorno acima da inflação do que os títulos pós-fixados.
Invista como um profissional
Os ETFs de Renda Fixa são acessíveis tanto para investidores iniciantes quanto para os mais avançados. No site do It Now, da Itaú Asset, você pode conferir a precificação estimada dos ETFs e os custos de negociação, ajudando na tomada de decisão:
Com o Copom no radar, as taxas de juros continuam ditando o ritmo do mercado. Para aqueles que desejam capturar oportunidades desse ciclo, os ETFs de Renda Fixa representam um caminho ágil e eficiente para otimizar seu portfólio e potencializar seus retornos.
Um abraço e até o próximo artigo.
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